Cultivo de coca na colõmbia aumentaram 3% em 2024 atingindo 262.000 hectares.
- 29/10/2025
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O presidente Gustavo Petro anunciou que os cultivos de coca aumentaram 3% em 2024, atingindo 262.000 hectares. Este número, que antecipa a publicação oficial do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), foi comunicado pelo presidente através da rede social X, a partir do Catar.
Petro observou que, dos 262.000 hectares registrados, 80.000 foram abandonados por mais de três anos e 22.000 estão em processo de transição para cultivos lícitos. Ele explicou que as zonas de enclave da cocaína são mantidas devido ao aumento do consumo na Europa, nas cidades do Cone Sul e na Austrália, enquanto as zonas da floresta amazônica estão abandonadas devido ao pico de consumo de fentanil nos Estados Unidos.
Este anúncio ocorre em um contexto de alta tensão diplomática com os Estados Unidos, cujas autoridades criticaram os resultados do governo Petro na luta antidrogas. O aumento da produção potencial de cocaína em 2023, com um crescimento de 53% e uma estimativa de 2.664 toneladas, foi um fator-chave para que o Departamento de Estado incluísse a Colômbia em uma 'lista negra'.
As críticas dos Estados Unidos, incluindo declarações do então presidente Donald Trump, classificando a Colômbia como um 'ninho de narcotráfico', levaram à ameaça de retirar ajuda de 400 milhões de dólares e à inclusão do presidente Petro, sua esposa Verónica Alcocer, seu filho Nicolás Petro e o ministro do Interior, Armando Benedetti, na 'lista Clinton'.
apesar do aumento, Petro reconheceu que o crescimento de 3% em 2024 é menor do que o registrado em 2023, quando a variação foi de 10% em relação a 2022. O presidente busca diferenciar os hectares abandonados e em transição para atenuar o número oficial e contextualizar o panorama do narcotráfico.
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